EDITORIAL - VIGÉSIMA SEXTA EDIÇÃO!


Você quer gozar? Precisa saber fazer alguém gozar primeiro. Na verdade não sabemos qual a ordem. Mas só pode gozar se o outro gozou também. Não importa o que que queres. Nem se tem pau, buceta ou nada. A vida é assim. Um gozo. Ou deveria ser. Quer gozar? Tem certeza? Quer viver? Não exite. Mas goze e faça outros gozarem. Com ou sem sacanagem. de preferência com. Com. Sacanagem sempre ajuda. Ou sempre salva. Goze. Orgasmo na boca, no pau, na alma, no cu e na cara. Na cara da vida.

A SURPRESA DO MOHEL


O vilarejo amanhecia como sempre amanhecia. O sol despontava. Sentado na frente de sua pequena casa, o Mohel do vilarejo fumava um charuto, olhando para o nada. Sabia que nesse dia, ou no máximo, nos dois próximos dias, mais um filho de Deus nasceria ali. E mais uma vez, iria ele fazer valer o pacto sagrado. O prepúcio cortado. A aliança divina entre Deus e os homens.

O velho Lavi, já tinha vivido seus 67 verões. Vivia no vilarejo, desde que esse havia sido fundado na nova terra. Os membros do vilarejo viviam ocupados com seus negócios e trabalhos. Lavi havia feito a circuncisão de seu irmão mais novo, logo após a morte do pai. E desde então passou a ser um artista da prova carnal da aliança divina.

Mas seu talento procedia para além da sua fé, da crença na tradição e na perícia cirúrgica de suas hábeis mãos. Lavi tinha um fetiche. Obviamente o povoado não sabia disso. Nunca deveria saber.  Ele prosseguiria deixando famílias felizes e sendo feliz na concepção de seus desejos estranhos.

SURUBA SEM PORRA


O amor, hoje, só pode ser a mistura de conceitos que se não conciliam, mete-se para dentro da boca delas o esguicho branco dos testículos, a seguir, com aquela boca ainda fedendo a sêmen, declaram um ao outro os amantes o amor eterno, coisa que não passa de sexo frequente, que se reduz a ocasional, até infrequente, terminado na extinção quando ambos decidem pelo erro do matrimônio eterno.
Fugindo disso, buscam alguns os relacionamentos polígamos ou as orgias de fim de semana, propagadas por tipinhos maleáveis que adequam as palavras aos ouvidos femininos presentes, misturando no argumento nuances de sexualidade feminina reprimida pela sociedade machista, querendo com isso provar que a abertura das pernas femininas ao sexo casual é a melhor maneira de libertação da potência feminista, e claro, sempre ao lado, um amigo já excitado com o provável desfecho.

Eu, canalha um pouco criado, certamente dessas tinha conhecimento, e num bar, desses universitários, de lero casual com duas amigas e um amigo do tipo acima, íamos metendo a história padrão, mascarando nossa ânsia – inflamada por hormônios masculinos tão machistas quanto nós mesmos – por sexo com toda a conversa libertária. 

Uma delas era um objeto de desejo comum, a outra nem tanto. A de lá era loira, cabeleira encaracolada e de pouco volume, dourada e brilhante, pele alva com falhas perdoáveis, esguia com seios altivos e arrogantes que apontavam com vigor para fora, implorando secos por uma baba amiga. A de cá era morena, com ombros em altura inadequada, de um jeito que causava certa perturbação, contudo, beleza ali havia, de um tipo primitivo, que acende quando vemos uma paralítica gostosa, daquelas que dá vontade de fuder na mesa de operação de coluna.
- Suruba.
- Suruba!

COISAS QUE JORRAM DE TI ME ENCANTAM


Bagunçamos a cama e derrubamos os travesseiros, as vadias nunca entendem meus erros ortográficos propositais e são tão ruins de português que acham que o que está certo e é estranho está errado. Mas é melhor falar de sexo do que de coisas que ferem o coração.