EDITORIAL – VIGÉSIMA SEGUNDA EDIÇÃO!

Bebendo nas veias do desespero humano a Hot surge, mais uma vez, regurgitando em seus rostos as podridões e as belezas do nosso vago existir. Quem é você? Hein? Responda ou gozarei em sua mente. Suas depravações apavoram seus pensamentos? A culpa despejada em sua cabeça pela falsa pureza do mundo em que existe lhe causa insônia? Sentes desejos obscuros, perversos e devassos...mas ainda assim ama? Coloque para fora todo câncer ideológico adquirido nesses anos de existência, gozando. Homem. Mulher. Transexual. Cachorro. Cadela. Cisne Negro. Goze. A “vida de cão” chega para todos. Mas não se desespere, antes deguste os contos Hotfritolianos.

OLHOS DE POE


A lágrima é a materialização do sentimento, ela só não verte quente, verte livre e verdadeira, e em seu trajeto perde o calor extraído das entranhas da alma, fenece fria sobre os rostos mortos das fotos destruídas após deslizar doce pela face rasgada e contorcida pelas expressões puras do espírito, do som da vida que se exprime em soluços, pelas rugas explosivas que vem e vão, emulando a ressaca do mar que avança tão somente para recuar e tornar e investir, inútil em sua torrente arrasadora.Quem perde a habilidade de vertê-las, perde também o poder de apreciar e exprimir o sentimento verdadeiro, a humanidade desses desafortunados regride, são mais próximos de outro tipo de homem, um ser instintivo e violento, manipulador, mentiroso, uma emulação de humano que é identificada quando sua apatia tonar-se perturbadora até para si mesmo, de um modo que não consegue entender, de uma forma que lhe preenche algo que nunca esteve lá, mas que anseia por um emoção explosiva e destrutiva.

VIDA DE CÃO


Esse cheiro!
MEU DEUS!!!! ESSE CHEIRO!
CADÊ?! CADÊ!? ONDE?!
Tá lá!!”
Corre. Corre. Corre. -RRrrr!!!
É Minha filho da puta, eu que vou comer ela, seu filho de uma cadela! Rrrr!!
Tá, vai então... Mas depois sou eu!
Minha vez, minha vez, minha vez, yeah!”
Fode.
Fode.
Fode. Goza.

TRANSMUTAÇÃO - AMOR E FÚRIA


Morava eu num pequeno cômodo de um simplório apartamento suburbano de quinta categoria. Mas ali residia também uma mulher de beleza rara, dessas que, pelo menos a mim, fazem explodir o coração e querer vender a alma ao diabo para tocar-lhe os lábios uma única e inocente vez.
Essa esvoaçante e devastadora beleza rendia-me desperdiçadas e ardorosas horas de masturbação. Já não tinha muito afazeres além do trabalho necessário e da alimentação , restando o resto de meu tempo há uma dedicação servil à beleza desta que era bela em demasia.
Eis que, certa noite, escuto barulhos oriundo do quarto ao lado. Lá onde residia o ser luxurioso de meus devaneios. O som ressonava pelo prédio inteiro. Um singular e rasgado gemido. O que atiçou ainda mais minha mundana imaginação.
Estagnado. Ouvindo a deliciosa canção ninfética. Fui surpreendido. Atravessando a parede sólida do meu atordoante quarto ela se fez presente. Lá. Bela. Vestindo uma fina camisola. Deixando transparecer toda sua beleza que eu apenas fazia existir em minha mente. E suas curvas se faziam ainda mais aterradoramente divinas.

DIVAGAÇÕES DA VIDA MUNDANA


A mulher é mera propriedade, dela não se extrai nada além de um falso orgasmo. COm um pouco de esforõ pode-se obter a verdade, mas gereal pensar-se-à ser real aquilo que não é porque o homem não consegue perceber a falsidade feminina, assim acaba caindo na fantasia transulido prazer univoco.

Semrep tive isso em mente, nunca considerei as mulheres algo muito sério, não passam de meros objetos de prazer. Com os meus amigos, por exemplo, nunca levei em consideração as namoradas, para mim a opinão delas era irrelevange, claro que enconcrei alguns problemas, coisas socias insignificanfes, nada que uma garrafa de bira não pudesse resolver.

Pensando em todas as mulheres que eu tibve em toda a vida, cheguei à conclusão que somente fiquei com elas por intesses escusos. Uma me pagava tudo, outro era boa no sexo oral, e a coisa ia por ai. Talvez um pouco de amor aqui e ali, mas para mim o amor era um orgâo masculino introduzido num feminino, a velha tensão. Então como eu podia gostar tando daquele sexo oral?

Minha história com sexo oral começou ainda na infância, nem falo daquela besteira freudiana de fase oral, falo de algo mais corncreto: minha mãe chupando meu pai na lavanderia Achavam que eu estava na casa da minha vó, acabei levando uma surra pro ver o que não deveria.

QUEM É VOCÊ?


Quem é você? Quem você é realmente? Que perguntas você deve se fazer para ter uma resposta? Primeiro pense em que universo você vive. Ou acha que pode saber quem é você, se sequer sabe em que universo se encontra? Aqui você pode acreditar na Física ou em alguma explicação teológica. Mas cuidado! Tentar conciliar Albert Einstein com São Thomas de Aquino vai gerar muitas contradições. Agora que você sabe em que universo você vive (ou acredita viver), chegou a hora de questionar em que lugar do universo você está. Talvez você acredite estar em um lugar muito privilegiado, onde o Sol, a Lua, os errantes e todas as estrelas giram em torno de você ou talvez você insista acreditando na Ciência Física e então você está em um pálido ponto azul que é um pequeno planeta orbitando uma pequena estrela em uma pequena galáxia. Agora que já sabe em que universo você está e já sabe em que lugar você está neste universo, chegou a hora de questionar que tipo de coisa é você. Aqui pode continuar agarrado em São Thomas de Aquino e acreditar que é um animal racional e cheio de privilégios, mas caso tenha escolhido Einstein lá em cima, agora é altamente recomendado se abraçar em Charles Darwin.

Supondo que aceite a teoria da evolução das espécies, você é só mais um animal com certas vantagens evolutivas, como modificar a natureza pelo seu trabalho e a linguagem proposicional, tais vantagens foram moldadas pelas contingências da seleção natural, sem nenhum princípio teleológico, e você e toda sua espécie são tão evoluídos quanto as baratas, afinal, humanos e baratas tem se perpetuado.

EXCERTOS DE UM DIÁRIO – E O SEXO...


Não fossem meus devaneios estranhos e depravados minha gente já estaria pifada, mais do que já está.
Em outro excerto citava a alma, nesse cito a mente. O que isso significa? Não muita coisa relevante. Diz que meu pensamento às diferencia. Não, necessariamente, considerando a existência de mente e alma como substâncias que nos compõe, pois aí me enrolaria definindo substância. Mas sim no que diz respeito a nomenclaturas que definem sentimentos, ações e desejos do existir.
Mas meu diário não se encanta em ficar nas elucubrações filosóficas detalhadas, monótonas se sérias, engraçadas se desprovidas de compromissos com a verdade, ou qualquer outra coisa do tipo. Tenho que destroçar minha realidade, meus feitos e minhas fantasias numa forma harmoniosa de pensar em alegrar-me e satisfazer a outros, e vice-versa.