Não fossem meus
devaneios estranhos e depravados minha gente já estaria pifada, mais
do que já está.
Em outro excerto
citava a alma, nesse cito a mente. O que isso significa? Não muita
coisa relevante. Diz que meu pensamento às diferencia. Não,
necessariamente, considerando a existência de mente e alma como
substâncias que nos compõe, pois aí me enrolaria definindo
substância. Mas sim no que diz respeito a nomenclaturas que definem
sentimentos, ações e desejos do existir.
Mas meu diário não
se encanta em ficar nas elucubrações filosóficas detalhadas,
monótonas se sérias, engraçadas se desprovidas de compromissos com
a verdade, ou qualquer outra coisa do tipo. Tenho que destroçar
minha realidade, meus feitos e minhas fantasias numa forma harmoniosa
de pensar em alegrar-me e satisfazer a outros, e vice-versa.
E deparo-me com
algumas problemáticas em meu existir. Primeira, a insônia, que me
instiga a necessidade de escrever, de produzir algo dentro do prazer
e do não confronto com o ócio, claro. Segunda, a quantidade de
ideias que me batem na cara, mas que por razão alguma se negam a
escoar-se pelos dedos e deixam-me numa cataléptica situação
embaraçosa para comigo mesmo. Terceira, e como sempre não menos
importante, a confusão de temas e de vontades de escrevê-los que
se contrapõe a todo instante.
Dito isso, logo,
seguirei uma linha de desembaraçar as palavras aqui sem dar muita
importância ao enredo e a coerência do mesmo. No momento,
infelizmente, não faço uso de alucinógenos e afins. Escrevo com
resquício de café, e retomarei esse mais tarde. E tenho mais o
menos o equivalente a três “martelinhos” de uma vodka de
segunda, coisa que muito mais mal me faz no sentido de me deixar na
vontade de mais tomar.
Pensamos então, já
que é pilar deste blog, no sexo. Nesse emaranhado de postagens
falamos de sexo, entre muitas outras coisas, falamos de sexo. Talvez
de certa forma, entre linhas, nos posicionamos sobre o que entendemos
por sexo, fora a parte básica que quase todo mundo já nasce
sabendo.
Assim, pensei qual
seria a “minha definição pra sexo?”. Mas esta questão só
respondo poeticamente e sem comprometimento. Reformularei a questão:
“Quais as minhas observações e considerações momentâneas sobre
sexo?”.
Dessa forma, se
prosseguir respondendo a questão reformulada... minhas palavras
transformar-se-ão em algo muito próximo de um ensaio que eu
chamaria: DO SEXO. Como pretendo escrever em breve esse que chamo de
ensaio, responderei a primeira questão:
SEXO. Sexo é cólera
humana. Há tempo não é mais necessidade de reprodução. É
instintivo. É instinto de prazer. Vontade egoísta de existir. É
poema engavetado, feito só para se auto-deliciar. É poeira nos
olhos, dando prazer de coçar. É tão nosso e intrínseco que causa
dores de cabeça. É tão podre e tão angelical que, na sua
contradição, traduz cada época de nossa existência. SEXO é
história. Na solitude de mãos e sexos. Na complexidade de dois
seres; desnudos. Na irreverência de um bacanal. Nos desejos mórbidos
de nossas mentes. Sexo é história morrendo a cada gozada.
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