SURUBA SEM PORRA


O amor, hoje, só pode ser a mistura de conceitos que se não conciliam, mete-se para dentro da boca delas o esguicho branco dos testículos, a seguir, com aquela boca ainda fedendo a sêmen, declaram um ao outro os amantes o amor eterno, coisa que não passa de sexo frequente, que se reduz a ocasional, até infrequente, terminado na extinção quando ambos decidem pelo erro do matrimônio eterno.
Fugindo disso, buscam alguns os relacionamentos polígamos ou as orgias de fim de semana, propagadas por tipinhos maleáveis que adequam as palavras aos ouvidos femininos presentes, misturando no argumento nuances de sexualidade feminina reprimida pela sociedade machista, querendo com isso provar que a abertura das pernas femininas ao sexo casual é a melhor maneira de libertação da potência feminista, e claro, sempre ao lado, um amigo já excitado com o provável desfecho.

Eu, canalha um pouco criado, certamente dessas tinha conhecimento, e num bar, desses universitários, de lero casual com duas amigas e um amigo do tipo acima, íamos metendo a história padrão, mascarando nossa ânsia – inflamada por hormônios masculinos tão machistas quanto nós mesmos – por sexo com toda a conversa libertária. 

Uma delas era um objeto de desejo comum, a outra nem tanto. A de lá era loira, cabeleira encaracolada e de pouco volume, dourada e brilhante, pele alva com falhas perdoáveis, esguia com seios altivos e arrogantes que apontavam com vigor para fora, implorando secos por uma baba amiga. A de cá era morena, com ombros em altura inadequada, de um jeito que causava certa perturbação, contudo, beleza ali havia, de um tipo primitivo, que acende quando vemos uma paralítica gostosa, daquelas que dá vontade de fuder na mesa de operação de coluna.
- Suruba.
- Suruba!

Manda ele, respondendo a loira com a interjeição. Algo sem surpresa para ambos, tanto eu quanto o canalha já com ela tínhamos tido umas conversas com centelhas, porém nem um nem outro nada havia conseguido, todavia, em ambos pairava aquele fogo “esperando chama”, clamando até, só que nada dos rosados lábios cuspia, a mulher tinha o dom da provocação: em casa dum ou doutro sempre aproximava o corpo esguio com perigo, rebolando aquelas ancas brancas em altura inadequada, fugindo sempre na hora “H”, argumentava ter um namorada que ninguém nunca via.

Tanto no meu quanto no dele, digo ouvido, ela já tinha cuspido com carinho alguma safadeza, porém nada brotava de toda aquela volúpia acumulada, o que nos fazia especular tamanha manha. Seria o que era ou que não era? Na hora, iria ou não iria? A noite era aquela, e ali as palavras soltas seriam prensadas no papel orgânico de nossas glandes.
- Vamos?!
Que logo virou:
- Vamo!
Não era mais pedido, era ordem. E nem sei direito quando o modo mudou; só me lembro duma ida ao banheiro, umas risadas altas que sugaram todas as atenções ao derredor e a ordem acima proferida. E não é que a loira recuou?
Apesar de todas as promessas queimadas, todo o volume sanguíneo solicitado até então, sons esguichados com sussurros penetrantes no fluído torpe da alma bamba... Ela lá, com os olhos arregalados, as madeixas loiras escorrendo pelo rosto, quase que querendo esconder a vergonha, e a outra, ao lado, sempre menos picante, já escorregando da cadeira com a calcinha em brasa, jorrando excitação.

Foram as duas ao banheiro decidir a questão. Logo após, eu e o outro, brindando com vigor uma taça vagabunda com a pior cerveja da região já íamos comemorando a vitória: aquela loira não haveria de negar a causa, para ela seria uma vergonha, pois a outra era “pior”, inferior, feia, santa, do tipo que sentia vergonha até de cagar. Claro, quando voltaram, fomos todos ao meu apartamento, em conjunto, um quarteto depravado feliz, mas com uma triste.

O resultado: um conhaque, dois pênis e um clitóris explodindo de sangue. Fugindo daquilo, buscamos todos a sacanagem pura e crua, e ela rolou até ponto comedido, no entanto, dos testículos não fugiu a porra, nem dela propagou-se o amor, ficamos todos na vontade, imaginando um e outro a gozada perdida e a baba desperdiçada – no entanto, não fraquejamos, daquela secura haveria de jorra prazer.

A loira até ontem tão sensual ia bebendo um conhaque, eu o tinha lá pode debaixo da cama, aquele esperto guardado para as emergências da manhã. Ela estuprava a garrafa, jorrava fervendo o líquido por dentro da garganta, e enquanto ela entornava, olhávamos eu e meu camarada um para ou outro, até algum ponto surpresos com aquele esforço sincero para esquecer-se dos pudores da vida e jogar-se de vagina aberta nas volúpias sem fim.
Não pude fazer nada além de agarrar a outra, que já estava manifesta para o brinquedo por nós fomentado. Aproximei-me com rudeza, tomei num impulso a cintura e deixei o meu corpo pesar sobre ela de propósito, só para retê-la bem, tê-la sob controle enquanto a outra mão ia deslizando com uma firmeza contida pela perna, na descida, esquecia-me de propósito do polegar, que tarado como era, deixava-se aproximar-se da virilha dela.
Ficamos ali naquele amplexo safado, acariciando um ao outro. Ao lado, o safado já fazia o mesmo com a loira cobiçada: ela em pé, segura por ele, como se estivesse num beijo apaixonado de cinema, só que com uma garrafa de conhaque barato no fim do braço esticado pela gravidade – estava languida e com metade da calcinha preta aparecendo, uma dessas de renda, bem sensual, daquelas que dá vontade nem de tirar, só de colocar para o lado para transar observando-a tomar vida junto com os gemidos e espasmos de prazer da mulher.
Ele largou-a, o resultado foi o mesmo que esperar sustentação de uma boneca sem articulações: um baque que fez a cabeça dela, ao que me pareceu pela periférica, quicar duas vezes rápidas. Formou-se logo uma poça avermalhada que pintou os cabelos dourados. A minha amante nada havia percebido, por algum motivo retive a virada de cabeça dela e beijei-a ardentemente, a seguir, logo notei que o meu parceiro de orgia – só pelo olhar arregalado, a negação dura com a cabeça e os lábios rígidos articulando um não sonoro “não” – queria que a mantivesse na total ignorância. Fui carregando-a até um canto do meu diminuto quarto, atrás de nós, ia-se o meu amigo puxando a loira para debaixo dumas cobertas ao mesmo tempo em que deixava outras sobre a poça.

Eu já ia meio alto e também estava já bem animado, nem mesmo me importava com aqueles ombros mal colocados pela natureza perversa e suas piadas genéticas, tão incomodava-me o hálito não tão fresco e o odor lá não muito agradável que me feriu o olfato quando removi a calcinha rosa e sem detalhes – definitivamente, não era do tipo que ganhava vida com gemidos e espasmos. Ali perto, o safado já tinha retirado a roupa íntima da – talvez cadáver? – loira tão cobiçada. Senti alguma tristeza, afi O amor, hoje, só pode ser a mistura de conceitos que se não conciliam, mete-se para dentro da boca delas o esguicho branco dos testículos, a seguir, com aquela boca ainda fedendo a sêmen, declaram um ao outro os amantes o amor eterno, coisa que não passa de sexo frequente, que se reduz a ocasional, até infrequente, terminado na extinção quando ambos decidem pelo erro do matrimônio eterno.
Fugindo disso, buscam alguns os relacionamentos polígamos ou as orgias de fim de semana, propagadas por tipinhos maleáveis que adequam as palavras aos ouvidos femininos presentes, misturando no argumento nuances de sexualidade feminina reprimida pela sociedade machista, querendo com isso provar que a abertura das pernas femininas ao sexo casual é a melhor maneira de libertação da potência feminista, e claro, sempre ao lado, um amigo já excitado com o provável desfecho.

Eu, canalha um pouco criado, certamente dessas tinha conhecimento, e num bar, desses universitários, de lero casual com duas amigas e um amigo do tipo acima, íamos metendo a história padrão, mascarando nossa ânsia – inflamada por hormônios masculinos tão machistas quanto nós mesmos – por sexo com toda a conversa libertária.
Uma delas era um objeto de desejo comum, a outra nem tanto. A de lá era loira, cabeleira encaracolada e de pouco volume, dourada e brilhante, pele alva com falhas perdoáveis, esguia com seios altivos e arrogantes que apontavam com vigor para fora, implorando secos por uma baba amiga. A de cá era morena, com ombros em altura inadequada, de um jeito que causava certa perturbação, contudo, beleza ali havia, de um tipo primitivo, que acende quando vemos uma paralítica gostosa, daquelas que dá vontade de fuder na mesa de operação de coluna.
- Suruba.

- Suruba!

Manda ele, respondendo a loira com a interjeição. Algo sem surpresa para ambos, tanto eu quanto o canalha já com ela tínhamos tido umas conversas com centelhas, porém nem um nem outro nada havia conseguido, todavia, em ambos pairava aquele fogo “esperando chama”, clamando até, só que nada dos rosados lábios cuspia, a mulher tinha o dom da provocação: em casa dum ou doutro sempre aproximava o corpo esguio com perigo, rebolando aquelas ancas brancas em altura inadequada, fugindo sempre na hora “H”, argumentava ter um namorada que ninguém nunca via.

Tanto no meu quanto no dele, digo ouvido, ela já tinha cuspido com carinho alguma safadeza, porém nada brotava de toda aquela volúpia acumulada, o que nos fazia especular tamanha manha. Seria o que era ou que não era? Na hora, iria ou não iria? A noite era aquela, e ali as palavras soltas seriam prensadas no papel orgânico de nossas glandes.
- Vamos?!
Que logo virou:
- Vamo!
Não era mais pedido, era ordem. E nem sei direito quando o modo mudou; só me lembro duma ida ao banheiro, umas risadas altas que sugaram todas as atenções ao derredor e a ordem acima proferida. E não é que a loira
recuou?

Apesar de todas as promessas queimadas, todo o volume sanguíneo solicitado até então, sons esguichados com sussurros penetrantes no fluído torpe da alma bamba... Ela lá, com os olhos arregalados, as madeixas loiras escorrendo pelo rosto, quase que querendo esconder a vergonha, e a outra, ao lado, sempre menos picante, já escorregando da cadeira com a calcinha em brasa, jorrando excitação. Foram as duas ao banheiro decidir a questão.
Logo após, eu e o outro, brindando com vigor dois copos vagabundos com a
pior cerveja da região já íamos comemorando a vitória: aquela loira não haveria de negar a causa, para ela seria uma vergonha, pois a outra era “pior”, inferior, feia, santa, do tipo que sentia vergonha até de cagar. Claro, quando voltaram, fomos todos ao meu apartamento, em conjunto, um quarteto depravado feliz, mas com uma triste.

O resultado: um conhaque, dois pênis e um clitóris explodindo de sangue. Fugindo daquilo, buscamos todos a sacanagem pura e crua, e ela nada, e o que eu via ali era incomum e até abjeto: aquela calcinha sem vida, como iria desabrochar suas alegrias sem a dona? Meu camarada pareceu não se importar com tão vultoso detalhe: viu-o penetrá-la com vigor redobrado depois de uma tentativa inicial um tanto complicada, esqueceu-se até daquele nódulo vermelho na cabeça dela, manchou-se ao tentar mergulhar a mão na cabeleira, limpou-a enquanto avançava e recuava, meio desajeitado.
Via tudo aquilo enquanto a outra cavalgava meu pênis, ficou assim saltitando até o orgasmo, que eu não tive nãos e por quê, talvez inveja de não estar lá transando com a loira, a mesma que tão bem me recebia na casa dela com todos os tipos de mimo, não me deixava sair sem antes tomar um iogurte grego ou comer um sanduíche integral com queijo das cabras do Tibéte ou outra frescura qualquer das dietas estranhas que ela viva fazendo, sempre aproveitava para lançar também alguma provocação, alguma coisita sexual implícita que sempre era negada na sequência, aí eu ficava ousado e ela recuava, e quando eu recuava, ela se fazia ousada.

Mas não agora, agora ela era um cadáver ou estava desmaiada somente, tanto fazia, e não estava ali trepando. Resignei-me, pois aos amigos devemos somente desejar bons préstimos, além de com eles regozijarmos com as vitórias. Tínhamos ambos uma vitória, e ao meu lado a outra já dormia de tão cansada e sem nada perceber, além de tudo o que eu falara sobre a sujeita, ainda roncava, roncava sem ter conseguido tirar de mim uma só gota de sêmen... Maldita suruba sem porra!

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