Aaahhhh!!!
Ahhhh!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAhhhh!
Gemia
prolixamente o rei Jabuti, metendo desoladamente na doce pequena
Urubu. Era assim que era naquele tempo. Era assim: espécies
diferentes se relacionando. O importante era botar para fora o tesão.
Rei Jabuti era um garanhão, se me permitem o adjetivo. Eu era um
velho. Um velho gato-do-mato.
Irresponsável em demasia para ser o Rei, impossibilitado de servir. Eu era estranho, mas elegante. Tinha desejos duvidosos e assombradores. Mas no momento, meu consumir o tempo de folga dava-se na observação da vida sexual, principalmente do rei e seus nobres. Tinha desenhado cada pau, cu e buceta que circulára pelo castelo. Minha modesta instação, dava-se numa cômoda choupana em cima de um belo Carvalho, posição que me permitia, com minha estupenda luneta, observar as movimentações no castelo.
Irresponsável em demasia para ser o Rei, impossibilitado de servir. Eu era estranho, mas elegante. Tinha desejos duvidosos e assombradores. Mas no momento, meu consumir o tempo de folga dava-se na observação da vida sexual, principalmente do rei e seus nobres. Tinha desenhado cada pau, cu e buceta que circulára pelo castelo. Minha modesta instação, dava-se numa cômoda choupana em cima de um belo Carvalho, posição que me permitia, com minha estupenda luneta, observar as movimentações no castelo.
O
tempo passava lento. Dormia eu pela manhã. A tarde, acordando,
preparava-me para o novo sagrado sacrilégio, observar a putaria
acontecendo na corte. Não. Não minto, tão exageradas contações a
cerca desses encontros pagões e despudorados. Ah! Tinha muita
excitação só em pensar adentrar em meio as esses econtros
profanos. Lavaria minh'alma de alguma forma. E penaria o quanto
necessário fosse, mas esbaldaria-me na profanação concedida.
O
belo castelo erguia-se um pouco torto, ornado de pedras, ornadas
por sua vez por espessa vegetação verde escura. Eu esbaforava a
fumaça mágica de meu palheiro de ervas transcendentais. Meu maior
gasto, minha fonte de imortalidade. Seria eu fumaça, não fosse essa
fumaça, hehe. Sorrio assim, sutilmente. Não gosto que percebam
minha disfarçada pequena alegria.
Mas
o que de fato queria compartilhar com meus ouvintes, diz respeito à
uma cena acontecida no meu objeto de observação, totalmente
relacionada com nossa majestade. O fecundo fecundador Rei Jabuti.
O
frenético rei nunca havia deixado uma fêmea insaciada. Dizem as
lendas que complexas em altura, complexas em pensamentos, entre
outras belas muralhas femininas, tiveram-no na cama. Toda vez que eu
observava a putaria, punha-me com atenção a desenhar as posições
feitas pelo Rei Jabuti. Começou-me por irritar o bem escondido falo
real. Onde andaria o dito cujo. Minha coleção de desenhos de partes
íntimas não poderia ficar sem glorioso exemplar.
Observando.
Devorando com os olhos, tive a impressão de que não havia pênis
real. Nosso rei tinha as bolas e as varas cortadas. Uma aberração.
Provavelmente expelia seus líquidos estragados para uma bolsa,
certamente escondida em se casco. E agora como poderia orgulhar-me de
um rei, que orgulhava-se de sua capacidade sexual luxuriosa, mas que
nem artefatos sexuais básicos brotavam de si? Era triste a
constatação.
Envolvi-me
então na árdua tarefa de investigar a veracidade do fato. Consegui,
através de um conhecido pardal, uma estranha máquina que capturava
imagens, de forma a guardá-las eternamente. Munido dessa ferramente,
de papel, pena e tinta para anotações, passei dias inteiros a
obeservar e deduzir.
Eis
então que um dia a reveladora resposta apresenta-se. Uma cobra. Uma
cobra negra, serpente mui rápida, de tamanho mediano, tomava o lugar
do falo majestoso. E fazia ela o entre e sai gostoso e orgasmático.
Nossa majestade era só pose. Contratara a jovem cobra para atuar
como sua pica. Engenhoso esse rei, porém já não mais garanhão.
Agora adormeço, meu palheiro finaliza-se. A fumaça mágica vai
subindo.
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