COSPE OU ENGOLE






Primeiro, ele geme de prazer: 
- Hm... Hmm... hãmm... 
Depois, ele grita de dor: 
- AAAAAAHHH! AAAAAHHHHH! AAAAAHAAHH! – esganiçando a voz, protesta - Que porra é... eeessa... caralho?! 
Ele cai, debatendo-se, sem conseguir reagir. Rola no chão, espalhando sangue pelo pequeno e mal iluminado quarto. E quanto mais se mexe, mais se desespera, como se para cada canto que virasse, sua carne encontrasse um novo motivo para doer. 
Ela, sentada contra a parede, acaba de mastigar o pênis. Mal ligava para a presença vociferante do rapaz. Completa sua prática mais orgástica com a devoção de um ritual. Depois de engolir o esperma do indivíduo, morder seu falo até arrancá-lo e triturá-lo em sua boca, deglute o membro, saciando seu apetite sexual. Mesmo o gosto ignóbil da genitália decepada não desmerece seu prazer em comer um pênis em pleno enrijecimento. 
... 
Pela manhã, ela defeca os membros recolhidos da noite anterior. Mesmo que ela não queira, a rotina já está instaurada. Só espera pelo momento em que pode descarregar-se das genitálias extraviadas.
  
Misturado a fezes e cheios de sangue, os pênis saem de seu cu sem terem sido completamente digeridos. Um pouco de concentração, imagina ela, e logo poderia restaurá-los em seu intestino, quem sabe até cagá-los por inteiro.  
Ela olha para o vaso sanitário e vê um monte de merda dançando com pedaços de pau numa sopa de sangue. É, talvez precisasse de uma paciência demais cirúrgica para consertá-los. Mas ri ao imaginar-se entregando de volta os pênis engolidos e defecados aos respectivos eunucos. 
... 
Numa noite imprecisa, ela sai para satisfazer-se. Escolhe, dessa vez, ir a um bar asqueroso num dos becos do centro da cidade. Quando chega, senta-se em uma mesa de canto, pede uma cerveja que vem quente e que disputa com as moscas da pocilga. Tem que esperar algum tempo até escolher um par que se encaixe em suas preferências e que tenha cara de alguém que não vá reagir. 
Pelo menos meia-hora passa para que um sujeito bonachão apareça pedindo um maço de cigarros e um whisky de última categoria. Ela o escolhe. Não precisa nem sair de sua mesa, apenas o olha e ele anda em sua direção. Maliciosamente ele puxa um assunto e dali saem depois litros de cerveja ruim e bebida barata. 
Os dois vão até o apartamento imundo dele, e logo que chegam começam a se embrenhar. Beijam-se de modo um tanto descontínuo e apressado. Ele a deixa nua e a acaricia. Suas mãos viajam entre os seios à parte interna das coxas. Beija-a no pescoço, põe-se atrás dela e começa a descer em lambidas, chegando até às nádegas da moça. Com uma mão massageia seu clitóris enquanto enfia sua língua no cu dela. 
Ela senta na cara do homem, que se deita. Enquanto a boca dele perpassa entre o ânus, o períneo, os lábios vaginais e o clitóris dela, ela aproveita para desabotoar as calças dele. Não há momento melhor, ela pensa. Seu pau está completamente duro, ansiando por um boquete. 
Ela, então, começa lambendo vagarosamente, da cabeça ao saco. Começa a chupar o pênis, e enquanto mais próxima chega de gozar, vai preparando sua dentição. Ela pergunta: 
- Você gosta de mordidinhas? 
- Oh, sim, gosto, ahh. 
Ó, sujeito infeliz, por que açoitar a sede insana dessa mulher? Ao chegar às convulsões eróticas do ato, as inocentes mordiscadas em meio a sucções começam a ficar mais fortes, e quando a porra rebenta pela glande dele, os dentes dela atravessam a carne, separando o homem de seu órgão. Ele esperneia, mas tudo o que se segue é o extremo regozijo do estranho fetiche da mulher, enquanto o homem mal consegue se pôr de pés. 
... 
Já em casa ela sente dores e enjoos. Nada anormal. Nada demais para ela, que dorme com alguns comprimidos. Quase ao amanhecer ela desperta de sonhos eróticos. Imaginava uma grande orgia em que cada pessoa fazia sexo oral em outra, numa cadeia infinita. No sonho, percebeu que todas as pessoas eram ela mesma, e ela tinha todo os órgãos genitais possíveis. 
Mas ao abstrair do sonho, ela se depara com algo que antes não existia: de sua vagina havia saído um pomposo pênis. Até mesmo saco tinha vindo, e seu clitóris ainda ficara intacto. Ela olha, deduz, pensa um pouco... Vai ao banheiro e se vê de frente no espelho. Observa todo o seu corpo. Tudo o que ela já estava habituada, mais aquele novo detalhe. 
Vê seu pau começando a levantar. Engrossando e aumentando. Começa a se acariciar, lambuza os dedos, molha o bico dos seios, confere que ainda há espaço em sua vagina para penetração. E então, com cobiça, começa a masturbar seu clitóris e seu pênis ao mesmo tempo. 



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