EDITORIAL - VIGÉSIMA NONA EDIÇÃO

No fim das contas, falar de sexo é quase sempre falar da relação vida-e-morte. Seja morrer em si mesmo numa loucura masturbatória. Morrer no outro, na extensão do outro, no corpo do outro. Morrer na auto-incompreensão, sufocando seu eu no seu desejo carnal por outro ser que nem sabe de sua existência. Seja o orgulho, o amor próprio. O amor idealizado, cujo materialização findará em desespero, ou ainda, a emoção correspondida na mente e no corpo... Sempre será uma vida indo em direção à morte.
Sem mais delongas e sem ressaltar as escatologias da HOT, que sempre andam por aí, seguimos com uma tentativa de um poema Dadaísta. Um poema composto por frases dos três escritos hotfritolianos desta edição.

Poema-hot-dada

gozarmos prazeres.
belo liquido.
indiferentes ao homem pálido
Aquilo que hoje me esquenta.
sugando e expelindo todas as sensações possíveis.
Para poder negar até a mim.
sangue de ambos, sentia repúdio.
ainda gotejando sua vida.
a  chama do coração para a primavera.
Possuído pela melodia estranha.
Não ria, nem nada.
Preciso de um corpo .
Sinto seu fedor.

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