EDITORIAL - SÉTIMA EDIÇÃO!

Dúvidas. Confusão. Perversão. Insanidade.

Se não sabes as respostas dos labirintos da mente humana quando o refúgio se da no prazer sexual,  a Hot Fritola não irá lhe responder.

Apenas abrimos as portas e os brindamos com as desventuras de um travesti em busca do seu eu. O contato profundo de uma simples mulher com um ser do espaço longínquo. Com os escritos de um  "doído" sobre sua nostálgica infância onde se refugiava num ato  beirando a inocência e a perversão incestuosa. Com uma jovem que descobre, que como muitos de nós, possuir um desejo sexual fora do comum..."Poppers ou non-poppers, eis a questão". Com os questionamentos simplórios de um certo Burg sobre a sexualidade humana(você transaria com sua avó?). E a continuação da saga de Alice no País da Perversão.

ps: As COLAGENS que ilustram os contos são ORIGINAIS do blog, mas possuem em sua composição obras de arte de artistas como: Magrit, Picasso, Chirico e Sylvia Ji.

LOONERS!


Eram lindos. De todas as cores.  Estavam a sua frente. Ela gostava. Desde pequena sempre gostou da textura, das formas (embora preferisse a clássica: redondos). Nas festas de aniversário nunca se importou muito com presentes. Eles importavam. Queria muitos. Amava ficar no meio deles, tocando-os em seu corpo.

Agora era um pouco diferente, 16 anos, o mundo mudava. Sentia algo despertar em seu intimo quando os tocava. Sentia subir um calor entre as pernas. Umedecia sua vagina ao sentir o cheiro. Estremecia de prazer.

A MENTE DE BURG


REFLEXÃO I 

- Como os gordos transam?

- Cara, os gordos não transam?

- Claro que transam!

- Cara, todos sabem que isso é impossível. Gordos não transam, isso é absurdo.

- Claro que transam! Seus pais são gordos! Se os gordos não transam, então como você nasceu?

- Cara...

- Que foi?

- Sou adotado!

Burg nunca havia pensado nisso.

O X DA QUESTÃO - I


Dez horas. Toca o despertador. Despertador? Não, telefone: uma de suas amigas convida-a para passar mais uma tarde no Shopping Center. E assim começava mais um dia. Café da manhã, banho quente, espuma. Horas em frente a um espelho, preparando-se para um dia duro, enfrentando escadas rolantes e vendedores amistosos. Esse era seu trabalho: gastar, vestir-se bem e distrair-se o suficiente durante o dia para deixar a política agir após o jantar. Bem sucedida, sofisticada, amante milionário. Tudo vai bem. Observa-se fixamente no espelho, seminua. Está ótima. Fita a imagem atentamente. É difícil compreender o que se passa na cabeça de uma mulher de meia idade. Até que um dia ela se questiona sobre o que passa por entre suas pernas...

Era uma mulher como todas as outras, exceto por um único detalhe: entre suas pernas, no lugar de uma vagina, um pênis a premiava. Acordava todos os dias, olhava-se no espelho e lá estava ele. Não se engane, era madura, bem resolvida e sabia exatamente aquilo que lhe dava prazer... Mas ainda restava-lhe esta dúvida.

- Por que um pênis onde poderia haver uma vagina?

ALICE NO PAÍS DA PERVERSÃO - PARTE III- O GRANDE SÁBIO ESCROTAL!


Depois da fálica viagem elefântica, a menina foi levada ao encontro do sábio mais sabido de todos. Sabedor da grande ciência das coisas que não faziam sentido, mas de tanto não fazerem sentido acabavam por fazer, tornando-se assim uma ciência das mais importantes para aquele lugar.

O sábio era estranho. A menina não quis falar, mas ele tinha sacos escrotais enormes, que reluziam feito ouro. Na verdade ele parecia ser apenas saco, olho nariz e barba. A boca se escondia entre o cachimbo e a espessa barba.

Ele deu três longas baforadas e pronunciou a seguinte poesia, declamando ao som de um estranho instrumento tocado por um pequeno sapo invisível: 

Por entre a verde floresta irá passar
Continua em frente, sem cantarolar
Se acordas o Clitochupiris , problemas irá ter
Ele a pega e a encanta, e encharca de prazer
Mas nada é só doce, minha criança

MASSAGEM


Hoje nem ao menos nos falamos. Ela me considera um doído. Todos ao meu redor me consideram um doído: família; amigos; vizinhos; qualquer um. Aonde quer que eu vá o olhar inquisidor das pessoas me leva à estaca e me queima, sou como um feiticeiro nos tempos modernos: sou temido, mas não respeitado. Conspiram contra mim. Hoje até ela conspira, apesar de ter, em tempos passados, se deliciado com o toque hábil das minhas mãos em seu corpo.

ENTREVISTA COM ADILEINE


Repórter: - Nosso incrível jornal conseguiu em primeira mão uma entrevista com a Sra. Adileine Rosa, que passou por uma terrível experiência neste final de semana! Ela foi estuprada por um ser extraterrestre! Conte-nos o que aconteceu...

Adileine: - Eu estava como de costume fazendo minha corrida matinal, ainda eram cinco horas da manhã, não havia ninguém na rua quando ele apareceu...