Depois da fálica viagem elefântica, a menina foi levada ao encontro do sábio mais sabido de todos. Sabedor da grande ciência das coisas que não faziam sentido, mas de tanto não fazerem sentido acabavam por fazer, tornando-se assim uma ciência das mais importantes para aquele lugar.
O sábio era estranho. A menina não quis falar, mas ele tinha sacos escrotais enormes, que reluziam feito ouro. Na verdade ele parecia ser apenas saco, olho nariz e barba. A boca se escondia entre o cachimbo e a espessa barba.
Ele deu três longas baforadas e pronunciou a seguinte poesia, declamando ao som de um estranho instrumento tocado por um pequeno sapo invisível:
Por entre a verde floresta irá passar
Continua em frente, sem cantarolar
Se acordas o Clitochupiris , problemas irá ter
Ele a pega e a encanta, e encharca de prazer
Mas nada é só doce, minha criança
Algo em troca ele vai querer
Morder-te os lábios e arranca-lo e ainda pô-los para ferver
Por isso fiques quieta
Ande silenciosamente
Nesta maldita floresta
A luxúria corrompe toda gente
A regra é simples, não pare nunca
Quando avistares um riacho
Um jovem fauno irá te falar
Não dê ouvidos, nem se banhe
Com certeza ele te sodomizará
O que não será bom
Ele é o Fauno mais perverso desta floresta
Bom, é o único que tem
Mas caso caia em tentação, doce menina
Só deixe que a toquem
Onde melhor lhe convém
Dito isto, o misterioso ser desapareceu e deixou Alice sozinha em frente à grande floresta. O abismo a esperava e ela tinha receio, mas muita vontade de penetrar o desconhecido (ou ser penetrada).
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