Enquanto cagava pensei:
"Batata assada com tomate ao molho de cachorro era comum na Era dos Samurais Comedores de Alface. O Papa era espanhol nessa época, apesar de gostar de gatos no espeto. Os peixes sabiam voar e as galinhas eram coloridas, todos sempre estavam prontos para o Carnaval: ocasião em que comiam uns aos outros usando os mais diversos tipos de molho de arroz fermentado à base de girassol cristalizado.
Certa vez um coitado de barriga inchada disse que o Santo Daime era o caminho da iluminação, um cara acreditou e tomou chimarrão até a morte, logo depois de ter induzido a êmese sobre sua vó com câncer de pele. Mesmo com o Natal chegando ninguém parava de fazer ovos de Páscoa. O Coelhinho ficou muito rico nessa época e parou de traficar enteógenos. Ninguém mais quis Daime com chimarrão.
A Lua sabia falar e o Sol dançava o dia inteiro, mas ele era o dia, então dançava consigo mesmo, como um louco com a gengiva inflamada por conta da erupção parcial de algum terceiro molar. As estrelas tomavam vinho e os astronautas masturbavam-se olhando para a Terra; que lá de cima da queda que nunca chega parecia ser tão bela quanto a Galáxia que doutro canto do Universo vem chegando com uma bola de futebol cósmica.
Cavalos Espaciais por milênios foram cavalgados por girinos extra-planares até que sua raça fantástica fosse aniquilada por demônios com vestidos rosa e ornamentados com diamantes esverdeados retirados do sorriso do Todo Poderoso. Um velho tarado viu tudo sem nem ao menos esboçar um olhar de compaixão, pelo contrário, o desgraçado tanto nada vez que nada ficou sem ser feito..
Quando tudo começou a estourar, uma tampa de panela voou linda no ar. Parecia uma bailarina com a perna mutilada... não se sabe se a direita ou a outra! Tanto faz para a coitada. O que ficou registrado do evento foi o fato da perna da mulher ser comida pelo tal de Azalar, homem bastante conhecida na Terra dos Homens Geléia. Onde Protelam a antropofagia por inquirir em demasia, à priori, sobre as praxes mefistofélicas impetradas por reminiscências cognitivas assemelhadas as dum batráquio.
Enquanto isso, no outro lado do pensamento, beócios de tez policrômica têm manifestado seu sadismo contra crédulos que apreciam o epicurismo exagerado e as risadas sardônicas de outrora. Claro que tais vocábulos não significam nada, mas dizem tudo. Até me perguntaram: sabe o que é posição sexual? Eles mesmos responderam: “uma mera mudança de angulação de penetração. Pela geometria existem infinitos ângulos, então existem infinitas posições sexuais. Mas não existe "infinita vida no organismo". Isso implica que não aproveitamos ABSOLUTAMENTE nada no que tange a transar. Isso é frustrante. Nossa insignificância é frustrante. Não poder experimentar a mulher em todos os ângulos é um castigo. Um castigo da nossa curta e insignificante vida. O mesmo pra mulher e todo o resto.”
Tive que concordar, mas não sem antes retrucar: “a pandimensionalidade revela que talvez aja o que pode ser chamado de atrito dimensional. Esse atrito, cuja existência é absolutamente "aprovável", de acordo com o ramo da Aprobabilidade (que se localiza entre a Probabilidade e Improbabilidade), afirma que tal força mesodimensional é responsável pela nossa medíocre existência como seres tridimensionais, todavia podemos ficar tranquilos, pois os seres adimensionais, unidimensionais e bidimensionais estão em situação bem pior. Pois existem, de acordo com a física F, n dimensões, sendo que n pode ser qualquer coisa.”
Todos concordaram do alto da escada, da beira do trilho, mas sem a lâmina prateada. Gritaram: “malditos sejam os ladrões do estado! Os que ganham retirando do NADA sua única salvação! Ainda sem canto, tudo se torna claro.”"
Depois de cagar concluí: coesão e coerência, eis duas coisas que acabam com qualquer texto!
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