Dava-lhe com o chicote de três pontas de aço. Dava-lhe nas costas. Ela não oferecia resistência. Costas de aço.
Lá fora um cachorro se coçava. Em algum lugar não conhecido do universo, extraterrestres fofocavam. Uma velha senhora masturbava-se pensando no seu mordomo homossexual. Chovia sangue. Um homem dançava a dança da chuva.
Ela aceitava as chicotadas. Tinha as costas feitas de aço. Ele levantou a saia dela.
E penetrou-a. Ela gemeu... De dor. Preferia as chicotadas.
Os relâmpagos vermelhos varavam a noite de uma pequena cidade do interior. Uma menininha era comida por porcos carnívoros. E chorava.
Ele continuava a meter nela. Com força. Ela suava. Eles suavam.
Um sapo gigante invadia a embaixada da Angola. Exigia seus direitos. Cangurus tomavam conta de um castelo escocês abandonado.
Ele só praticava sodomia porque ela não tinha orifício para tal ato.
O gato malhado de amarelo e branco apareceu. Lambeu a perna dela. Depois acendeu um cachimbo. Ficou olhando a cena que para ele era divina.
Um conde Lusitano mandava empalar todos os seus súditos, pois queria súditos novos. Um dos oceanos estava secando. João da Silva viu nisso a oportunidade para ter seu próprio terreno e quem sabe cultivar batatas.
Ele estava prestes a gozar. O gato acendia outro cigarro. Sabia que lhe fazia mal. Mas vício era vício.
João da Silva fuzilado pela guarda intergaláctica de proteção a oceanos secos.
Mais uma usina nuclear estava sendo construída no complexo mundial de usinas nucleares. Robôs e homens estavam juntos nesta.
O gato masturbava-se fumando. Ela sangrava. Ele gozava. A torneira da pia estava pingando. Plink! Plink! Plânk!
Uma barata corria em direção à morte. Queria partir para outra vida. Um sapato vermelho de ponta fina encarregou-se disto. As outras cosmopolitas preparavam um culto ao “Deus Sapato Vermelho de Bico Fino”.
Ela debruçou-se sobre a pia. A pia pingava nela. Ele pingava nela. O gato pingava no chão.
Lá fora o dia amanhecia. Um pássaro azul era apedrejado. Aninha escovava os dentes e preparava-se para chupar seu velho professor. Homens conversavam sobre a economia sem nada saber sobre ela. Um ditador assumia as Ilhas Galápagos. Apoiado pelas tartarugas. Lideradas pelo pelicano chamado Darvin.
Ele acendeu seu cachimbo.
O gato saiu miando.
Ela foi passar roupas.
Os urubus invadiram o mais sagrado templo Maia.
E o mundo não acabou.
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