Era um grilo boêmio e doentio. Queria fazer tudo errado. E estuprar as fêmeas. E beber a toda hora. E
matar os mais fracos. Arrumar confusão.
Tinha
fome de destruição. E destruía bares, lares e amores. Magoava. Humilhava.
Sentia-se feliz. Uma falsa felicidade. Mas isso não importava. Afinal era um
grilo azul, poucos eram azuis.
Vez ou
outra um pequeno homenzinho vinha lhe dar bons conselhos ao pé do ouvido. Ele
esmagava-o como fizera com todos os outros. Ainda extinguiria aqueles seres ridículos.
Ora, que fossem aconselhar a maldita vadia gorda deles.
Ele
queria apenas sua paz paranóica. E iria continuar assim. Nada mudaria suas
convicções. Tinha uma moto. Mas preferia pular. Pulava com estilo. E com estilo
caía em cima de outros que não tinham estilo.
Quando
saiu de casa sua mãe lhe deu sermão. Ele deu dois passos em sua direção e
arrancou-lhe a cabeça. Seu corpo ficou lá tendo espasmos infinitos.
Agora
estava ficando velho. As coisas eram um pouco mais difíceis. Mas ainda
conseguia se virar. Queria morrer de uma vez. Mas a morte tinha medo dele.
Sobrevivia desesperadamente.
Outro
dia tentou suicídio. Inalou enorme quantidade de inseticida. Para sua surpresa,
ficou vivo. Vivo e mais maluco. Era uma sensação estranha. Dava pulos
ornamentais bebendo conhaque ao mesmo tempo.
Resolveu
passear pelo mundo dos homens grandes. Ainda existiam alguns. Prosseguiu e
encontrou uma mulher grande. Preferia as fêmeas de sua espécie. Mas gostava das
bucetas humanas. E aquela parecia ser um bom exemplar.
Sorrateiramente
aproximou-se. E pulou dentro da cona, que estava úmida. Ficou ali. Ali tirou um
cochilo. Talvez futuramente a vulva
tornar-se-ia sua morada . Era um bom lugar. Aquele cheiro deixava-o tranquilo. E
gostava daquela umidade imoral.
Iria
buscar umas garrafas. E beber no
aconchego vulviano. De vez em quando mamaria naquele clitóris. Clitóris gigante
para ele.
Perdidos
em seus pensamentos. Não percebeu quando um jato de água o projetou para dentro
da grande racha. E ele foi indo vagina a dentro... córvez... útero... ovários...
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