Eu tenho bruxismo.
Meus caninos já não tem pontas.
Nunca tenho vontade de sair de casa.
Jamais trocaria o conforto e a solidão de meu quarto por qualquer convívio social.
Mas não tenho esta escolha.
Sinto-me condicionado em todos os momentos.
Penso ao menos uma vez ao dia em o quanto seria bom morrer para não decepcionar ninguém com meu futuro.
Não tenho coragem de me matar porque sei que isso causaria sofrimento aos meus pais, não sou egoísta a ponto de priorizar o meu prazer em detrimento da dor dos outros.
Mas é claro para mim o quanto a agonia de viver faz com que eu só consiga associar prazer ao pensar em minha morte.
Sou um fumante compulsivo, eu fumo pelo câncer, fumar para mim é um suicídio disfarçado.
Sou viciado em todos as drogas que uma vez provei, busco-as como válvula de escape, mas que nunca é suficiente.
Às vezes tenho coceiras sem alergias, acredito que sejam psicomáticas, reflexos do meu desejo de autoflagelação.
A parte disso, trago em mim todos os sonhos do mundo.
Eu só quero morrer e ser esquecido. Deixem-me em paz, vocês e minhas memórias suas.
Eu quero parar de pensar que o meu coração pare de bater... tanta merda nesta história da humana espécie e em minha história particular, os mesmos erros repetidos é parte deste grande pedaço de merda, rastro de merda...
Tire dos meus ombros o peso de perceber na merda o adubo, deixe-me feder meu próprio odor.
Esquecer de meus problemas como um e como todos. Nós não resolveremos os mundanos e outros problemas surgirão, novas merdas serão cagadas em novas vidas servidas. O homem é um cavalo cego, destruindo as plantas em seu caminho e deixando um rastro de merda. O cavalo cego correndo não sabe para onde vai, não sabe do abismo a sua frente, ninguém sabe: Resta a esperança de que das bostas floresçam flores.
Hahahahaahahaha!
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