Era uma vez uma menina muito traquinas que vivia no Brooklin, ela
passava os dias jogando pedras nas vidraças dos meninos porque eles sempre riam
do nome dela; chamava-se Cinderela. Suas irmãs adotivas eram muito boas com
ela, mas a menina não se importava, sempre pregava peças nas coitadas, nem a
madrasta escapava, apesar de ser a melhor mão substituta de todas.
Um dia, um negociante da bolsa de valores promoveu um grande baile em
Wall Street, todas as moças bonitas foram convidadas; o magnífico investidor
pretendia encontrar uma noiva substituta, pois ele havia perdido a sua em uma
aposta com Sean Connery em Las Vegas, sentindo-se, desde então, muito triste e
solitário.
A família de Cinderela fez uma reunião para decidir se a menininha
poderia ir, por consenso absoluto declarou-se que ela receberia o primeiro
castigo da vida: não poderia ir. Chorou, berrou, xingou, mas não deu certo,
ficou em casa enquanto as outras foram ao baile.
Cinderela, para esquecer da grande festa que estava perdendo, arrombou
o armário das bebidas e tomou todo o White Horse da madrasta malvada. Quando
chegou em meia garrafa apareceu uma fada-homem! Era barbudo, tinhas asas,
vestia uma colam rosa e carregava um Velho Barreiro. Disse:
– Cinde... ich! rela. Ouvi seus lamentos etíli... ich! cos, beba isso
– estendeu a cachaça à menina –, é
cachaça bra... ich! sileira da boa, e tudo vai ich! ficar bem.
Entornou tudo o que podia, quando se deu conta estava no baile,
dançava loucamente com o negociante da bolsa de valores, todas tinham inveja
dela. A um pedido seu, ele ordenou que os seguranças espancassem a madrasta e
as irmãs malvadas em um beco. No fim da noite entregou-se ao herói do mercado
de ações em conúbio carnal flamante testemunhado por cem voyeurs eunucos.
As irmãs e a madrasta divertiram-se muito no baile do investidor,
chegaram no raiar do dia. Ao entrarem, assombraram-se com a menina travessa
estirada no chão, estava seminua e com uma garrafa de cachaça introduzida entre
as pernas, antes que proferissem qualquer grito, vislumbraram um par de asas
insetícias fugindo pela janela enquanto Cinderela resmungava:
– Ah! Meu príncipe de Wall Street...
boa, rsrs!
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