Terceiro dia
A coisa trabalho termina seus efeitos
sobre meus processos de software, qual será o próximo programa que executarei?
Olho
para as coisas a minha volta, aquilo que possuo: eis o que sou. No núcleo de
meu sistema operacional há gravado “ser é ter” e assim
sou aquilo que tenho.
Minhas
retinas vasculham um novo processo para executar, vejo uma carteira de cigarros
sobre a mesa. Outros chamariam de vontade,
mas não passa de mais um software sendo executado e eu sei disso.
Quarto
dia
A coisa trabalho termina seus efeitos em
minha mente, preciso atualizar o meu sistema operacional conectando-me há um
banco de dados chamado Globo.
Atualização
concluída com sucesso, preciso de um novo ter para continuar a ser. Vejo minha
mulher. Mulheres são softwares inferiores, elas existem como subprocessos na
vida, isto é, na sequência de softwares sendo executados pelo processador de
minha vida.
O
sexo foi bom, isto é, o processo foi executado sem fragmentação no
armazenamento do software em meu disco rígido.
Sexto dia
Eu
e todos os outros, todos nós do mundo inteiro, nós com todas as nossas opiniões
próprias, algumas em consistência, outras contraditórias. Os que acreditavam em
Deus e aqueles que, como eu, achavam que nosso cérebro era um computador, todos
nós. Incrível! Tudo aquilo ao qual nomeávamos Mundo não passava de um
gigantesco manicômio e toda a história da espécie humana é apenas a construção
das narrativas de cada alucinação dos esquizofrênicos internados no Planeta
Terra.
A cura trouxe todos nós à realidade: Deus não existe, ter não é ser e tudo aquilo que julgávamos realidade não passava de um enorme manicômio.
A cura trouxe todos nós à realidade: Deus não existe, ter não é ser e tudo aquilo que julgávamos realidade não passava de um enorme manicômio.
Sétimo dia
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