ANA, A MENINA OVELHA

Num pequeno vilarejo rodeado de montanhas. Vivia Ana, uma menininha de aproximadamente 12 anos. Vivia feliz com sua avó, Dona Lurdes, uma pacata senhora respeitada no vilarejo. Ana sempre fora um tanto quanto diferente das demais menininhas da vila. Corria pelas montanhas, desbravava os bosques. Conhecia as mais diversas trilhas do vilarejo melhor que muito pastor.
Estes há bastante tempo predominavam na região. Era a principal fonte de renda do pequeno lugar. Os morros viviam cercados de ovelhas. Ana passava horas a observar os pequenos animais. Observava as ovelhinhas e os carneiros de porte majestoso. Certo dia olhando pela janela para os pequenos pontos brancos que via de longe, Ana pensou, respirou fundo, se aproximou da velhinha sua avó, que tricotava na cadeira de balanço, e disse:
-Vovó! Quero ser uma ovelha!


A vovozinha riu da afirmação da pequena neta. Como assim? Ana e suas ideias absurdas. Calmamente explicou que não podia, ela era uma menina e nunca seria uma ovelha, pelo menos não ali, naquele tempo. Enquanto falava com a avó sobre seu insano desejo. Romeu, um jovem pastor, ouvia as sandices da menina.
Romeu tinha mais ou menos 15 anos. Passava a maior parte do seu dia pastoreando. Ficava sozinho em certos pedaços do vilarejo, cuidando de seu rebanho. Tinha a fama de ser um tanto quanto impulsivo, sexualmente falando. Não controlava seus anseios da puberdade e já havia sigo pego mais de uma vez trepando com suas ovelhas.
O povo não o entedia, precisava deixar sair pra fora o desejo que a natureza lhe impunha. E assim, compensando o tédio e a solidão de pastorear durante horas, copulava com suas ovelhinhas. E as tratava com muito carinho, as preferidas, as mais espontâneas no sexo eram sempre melhor alimentadas e bem tratadas em relação ao resto do rebanho.       
O dia chegou ao fim e Ana foi dormir, sonhando em ser ovelha. Romeu, o pastor, foi dormir, pensando num plano, um tanto quando imoral: conceder à menina Ana o desejo de ser uma ovelha, deixando-a fazer parte do seu rebanho. Para isso, acordou-se bem cedo. Chegou até a janela de Ana e deixou um bilhete, mal escrito, mas com o necessário para se fazer compreender. Dizia o bilhete:
“ANA SE QUER SER OVELHA ME ENCONTRE HOJE PRÓXIMO AO RIACHO DAS GRANDES PEDRAS ONDE TU COSTUMA SEMPRE BANHAR-TE. ROMEU”
Ana acordou e, logo que levantou, percebeu o papel. Ao ler o bilhete ficou com os olhos brilhando, seria uma ovelha finalmente, ou pelo menos fingiria ser uma, mas não solitariamente como estava acostumada a fazer. Agora teria companheiras ovelhas, um pastor e um carneiro.
Ela terminou de tomar o café, deu um beijo na avó e como de costume saiu para brincar. Mas hoje tinha um objetivo especial. Iria brincar de ser ovelha num rebanho de verdade.
Chegando ao lugar marcado, encontrou Romeu como esperado. Ele sorriu e disse à menina:
-Vamos, junte-se às ovelhas e nos acompanhe.
Ana correu para o meio dos ovinos. Vestia um pequeno vestido e estava descalça. Ficou saltitando de quatro, entre as companheiras. Romeu olhava hipnotizado para a jovem menina.
O tempo foi passando e Ana sempre dava as escapadas para se sentir mais ovelha. Era feliz assim. Romeu estava cada vez mais fascinado pela jovem menina e suas curvas em formação, que já mostravam o que viria pela frente.
A Avó de Ana andava preocupada com a neta. Não sabia dos fatos que estavam ocorrendo, pois sempre confiara em Ana e a deixava sempre livre. Mas a menina há muito vinha agindo estranhamente. Raro não era encontrá-la berrando como ovelha pelos cantos da casa.
No entanto o fato mais instigante deste caso estava por vir. Ana passou a ter enjôos. Dores. Sentia-se fraca. Tinha desmaios frequentes. Repulsava a comida da avó. Dona Lurdes, mulher conhecedora da vida, logo percebeu o que se passava. Não podia acreditar, mas tudo indicava: sua pupila estava grávida. Foi ai que a velha senhora teve uma ideia. Combinou com seu amigo Leopoldo uma “emboscada”, pois mesmo enjoada Ana teimava em sair.
Leopoldo seguiu a menina como a velha o havia instruído. Ficou observando o seu comportamento bizarro. Não acreditava no que via. A menina interagindo com as ovelhas e Romeu olhando embasbacado. Resolveu acabar com aquela diversão macabra. Saiu de seu esconderijo, e gritando firme, agarrou o pastor pelo braço e ordenou que a menina os seguisse.
Voltou com ambos para casa. Chegando ao vilarejo, procurou D. Lurdes. Contou-lhe o que vira. E juntos resolveram contar a toda aldeia o estranho caso. Todos culparam o jovem pastor. A velha Lurdes também levantou a hipótese de sua inocente neta estar grávida. O que agravou a situação do jovem rapaz. Alguns queriam apedrejar o infeliz. Mas Leopoldo ressaltou a importância de deixar o menino viver e arcar com as responsabilidades de pai.
Romeu tentou se explicar. Confessou o pervertido interesse em possuir a jovem Ana. Mas jurou que não havia tocado na menina. A história havia saído de seu controle, e ele já não sabia mais como controlar Ana. Ela ficava fora de si no meio das ovelhas e cometia coisas que ele não ousaria falar. De nada adiantou suas palavras, estava condenado, toda a população o odiava. Esperariam a criança nascer, até lá ele ficaria preso e Ana não sairia de casa.
Passado alguns meses. Ana sente as dores do parto, e entre berros que cada vez mais se assemelhavam aos das ovelhas, ela dá à luz. A avó, embora sabendo como houvesse sido concebido o neto, estava emocionada. Tomou o pequeno nas mãos para melhor enxergá-lo e senti-lo.
O que estava vendo era algo insano. Não conseguia acreditar. Largou a criatura no chão. A criatura balia. Balia desesperadamente. Chamou Leopoldo, não sabia o que fazer. Olhavam abismados. No chão da casa de D.Lurdes, a coisa saída de Ana, era mescla de ser humano com ovino. Agora todos compreendiam as afirmações de Romeu. Que também estava presente no momento, disse, sentindo-se assustado e aliviado:
-Eu sabia!
Tinham um problema: o que iriam fazer com aquele ser? Não poderia viver no vilarejo como um deles, e nem entre as ovelhas.
Romeu então propôs que colocassem a criatura em certa caverna que ele conhecia, ela serviria de abrigo para o ser. Ficando Romeu responsável pelos cuidados com o bizarro feto, desde que tratassem de esquecer as acusações contra ele, para que pudesse viver tranquilamente no vilarejo. D.Lurdes e Leopoldo aceitaram e assim fizeram. Ana chorava, queria ver o filho. Mas a avó não deixou. Aquele momento era para ser esquecido. Amanhã seria outro dia.
Romeu partiu com a pequena aberração. Não sabia por que, mas sentia afeto por ela. No caminho para a caverna, observou melhor o recém-nascido. Pôde constatar o que passou sem importância para os outros, o estranho rebento era fêmea. Os olhos de Romeu se encheram de um brilho feliz e sádico. Pensamentos nefastos correram pela mente, sentindo-se excitado, percebeu seu membro enrijecer sob as calças.

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