Estava pregado. Crucificado. Uma coroa de espinhos na sua cabeça. Gotas de sangue escorrendo pelo seu rosto. Uma sensação terrível. Elas Pingavam sobre seus olhos. E isso encomodava muito. Mas ele não podia coçar.
- Por que não morria de uma vez?!
Falava consigo mesmo. Tinha sede. Tinha fome. Tinha raiva. As moscas rodopiavam ao seu redor. Aos seus pés os abutres esperavam que sua carne apodrecesse. Maldito dia. Maldito último dia.
Não o entendiam e simplesmente não o deixavam argumentar. Sem nenhuma explicação coerente pregaram-no na cruz. Marteladas e marteladas. Dor. Sangue. Enxaqueca. Se pudesse ia martelar enormes pregos no cu daqueles soldados.
Entre aqueles pensamentos percebe que não esta só. É claro que haviam outros crucificados, já mortos ou penando. Mas a sua solidão desaparece com a presença de uma jovem. Uma bela criatura. Caminhando alegremente entre os abutres e corpos fétidos.
- O que faz aqui menina? Pergunta ele.
- Espero o trem! Responde ela secamente.
- Esperando o trem? Trem? Pergunta sem nada entender.
- Não, seu idiota. Diz a bela moça, tirando uma escada do meio dos corpos e do chorume no chão.
Coloca a escada rente a cruz e sobe. Chega até a cintura dele. Ele sem entender nada. Alisa seu pênis sobre o pequeno pano branco que o cobre. Ele sente a mão macia. Começa a excitar-se.
Ela tira o pano. Agarra seu pau e começa a masturbá-lo. Pra cima. Pra baixo. Vai e vem. Ele delira. Já não sente dor. O sangue pingando nos olhos já não o incomoda.
Ela aproxima a boca da cabeça vermelha. Toca com a pequena, porém quente, língua, ele estremece e pergunta:
- Quem te mandou aqui?
Ela não fala nada. Suga todo o pau do crucificado. Lambe suas bolas. Masturba-o. Ele sente o prazer. Está prestes a gozar. Ela percebe. Acelera a sucção intercalada com punhetadas rápidas. Ele está quase. Ela PARA.
Ele não entende. Estava pronto. Sente uma tontura. Quer bater naquela vadia, gozar naquele rosto. Ela sorri, da um tapinha na cabeça vermelha pulsando. Ele olha pro alto, diz alguma coisa incompreensível e morre. Ai então ela termina o serviço. Gosta de fazer os mortos gozarem. É uma sarcedotisa da ressurreição. Suga vida da carne morta.
Ótimo desfecho, a última frase faz o conto valer a pena.
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