A Floresta Negra, amaldiçoada por seres cuja nossa compreensão não é capaz de alcançar, em uma era anterior ao nascimento dos deuses.
Nela vaga uma pobre menina, a neblina e o orvalho não a impedem de continuar, tão pouco os gemidos das árvores em eterno lamento.
A menina vaga nua, no dia do seu décimo segundo solstício, seus cabelos lisos e loiros deslizam por seu corpo puro e seus olhos determinados a seguir em frente parecem não enxergar todo o perigo que a cerca.
Ela come o cogumelo, devora-o com gula, selando o pacto, unindo sua alma com a Floresta...
Uma matilha de lobos uiva como legiões de demônios ao pé da árvore, ela sente a árvore acariciando-a, os galhos passando pelo seu corpo, ela sente sua pureza indo embora a cada centímetro que os galhos daquela árvore penetram sua vagina, ânus e boca. O sangue jorra e deles nascem novos cogumelos, ela escuta um trovão e ao fundo uma gargalhada, quando se dá conta que já não é mais uma menina e sim um novo galho no centro da Floresta.
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