EDITORIAL - DÉCIMA EDIÇÃO!

Assim é a vida. Simples. Basta o sexo e um cálice de vinho. Ou melhor, vários cálices de vinho. Entenda como sexo a busca pelo prazer. Pode ser ele grupal, com duas pessoas... ou solitário. Pode ser aquele tradicional "entra-e-sai", homem e mulher. Pode ser aquele com o bichinho de estimação. Ou quem sabe um intergalático?! Se for solitário pode ser amiguinha com amiguinha, se esfregando ludicamente. Pode ser olhando o velho e bom cine prive. Ou acessando a internet e seus videos que carregam velozmente.

Enfim, a ideia é ter prazer. É gozar. Seja com a fritola. Ou ao menos almejando uma fritola... hot. No caso dos cavaleiros. Com exceção dos excêntricos, claro. Mas as donzelinhas que não fiquem de fora. Não precisa ser fritola. "Va bene", pode ser um "pene". Como disse, a vida é simples.

O CHÁ, A PORCA E O LIBERTINO


Os Personagens

Lord Ernest: homem de altura mediana. Costeletas esbranquiçadas. Sempre de terno muito bem alinhado. Possui uma pinta negra discreta no meio da grande testa. Carrega consigo sempre um lencinho branco, pois sua muito. Possui fama de libertino. Vive na noite Boêmia. Sempre rodeado de belas mulheres, fumando charutos e tomando conhaque.
           
Lord Roni: Distinto senhor de meia idade. Muito culto e dono de uma excelente oratória, embora permaneça mais tempo calado e escutando. Adorador dos ritos do chá das cinco. Não perdoa atrasos.
           
Jurema: Empregada de Lord Roni. Uma das criadas mais bem tratadas da casa. Tem acesso a tudo. Ouve tudo. Sabe tudo que se passa naquele teto. Apesar de estar acostumada, não se sente a vontade na presença de Lord Ernest.
           
Linda: A porca de estimação de Lord Roni. Sempre paparicada. É quem muitas vezes dita as regras da casa. Já que nada pode ir contra seus caprichos suínos.

A Chegada

A tarde caia. Na varanda três degraus acima do chão. Lord Ernest. Acabara de chegar. Pontual como sempre. O chá das cinco estava sendo preparado.

- Sempre pontual, caro amigo - disse Lord Roni.

- Sempre, sempre! - respondeu alegremente Lord Ernest.

- Mas entre logo. O chá já está a mesa. - disse Lord Roni, encaminhando-se e levando consigo o amigo para a sala.

O Chá

As xícaras foram cheias. Os bolinhos estavam quentes. Os senhores tomavam chá elegantemente.

- E Linda, como está?- perguntou despretensiosamente Lord Ernest.

- Muito melhor agora. Gastei mais de 2000 níqueis em seus cuidados nos últimos dias. Pois bem sabes, está grávida e é muito sensível, coitadinha. Quero que tudo ocorra bem à minha Linda.

A RAINHA INTERGALÁTICA - PARTE I - O ÚLTIMO PÊNIS DO UNIVERSO


O mundo mudou, o Universo mudou, um certo pontinho azul, outrora chamado Terra, não mais existe. O acúmulo de metano oriundo das flatulências bovinas pos fim a tudo quando uma grande nação daquele pequeno planeta resolveu usar a cupidez humana em favor de mais uma guerra sem valor: todo os gás queimou, depois explodiu por conta de algum tipo de reação química estranha às leis (como eles chamavam mesmo???) da ciência que passaram milênios desenvolvendo. Lorimu, O Magnta do Petróleo, foi o único sobrevivente daquela tragédia cósmica. Na ocasião havia se recolhido para a Lua do dito planetinha, lá tornou-se o maior explorador de Petróleo Lunar do Universo Conhecido.

Em tempos remotos esteve envolvido na extração de um tipo inferior de ouro negro numa região conhecida como BraZil, por alguma razão algumas pessoas preferiam escrever Brasil, apesar de hoje os estudiosos da área de Povos Primitivos da Era da Hipocrisia saberem que a letra correta era o Z, pois os habitantes estranhos desse país relegavam sua riqueza a um certo EUA. Localizado ao norte, tal povo mantinha a tradição de ignorar os desejos de outros povos, por mais simples e lógicos que eles fossem. Mesmo o Sistema Internacional de Unidades (SI) da dita "ciência"  eles negavam a usar, pois seriam obrigados a comprar 453,6 gramas de geléia ao invés de 1 libra, a propósito a coisa chamada ciência era uma área infestada de falhas grotescas, chegaram mesmo a afirmar que a velocidade da luz era insuperável... Pobres ignorantes! Com concepções tão atrasadas jamais chegariam a assistir uma mundana corrida de dragsters categoria dobra 3!

Como o protagonista da nossa história é o único terráqueo remanescente no Universo, vamos nos ater um tantinho mais em certas manias daquele povinho autointitulado humanidade...

A VIDA DE ALINE - PARTE II, FINAL


Finalmente a tarde chega e com ela a visita a qual Aline ansiava: sua prima Carol.

As duas aproveitam a garoa de verão e vão brincar no barro que se formou no quintal, depois de algumas horas brincando ouvem a mãe de Aline gritar:

- As duas, já pro banho!

Depois de alguns resmungos atendem ao pedido.

As duas se trancam no banheiro, ligam o chuveiro e começam a tirar a roupa.

- Prima! Aquela brincadeira também funciona no sofá novo! – diz Aline.

- Claro, bobinha! Eu conheço uma brincadeira nova, ainda melhor!

- Qual?

- O nome desta é “Xaninha-com-Xaninha”, mas você não pode contar pra ninguém, promete?

Aline termina de tirar a sua calçinha e promete segredo, empolgada com a nova brincadeira.

DISCORRA BREVEMENTE



Fiz tudo da forma que deveria. Não me importei muito com as consequências, fui lá e fiz; uma, duas, três vezes. Pra mim sempre foi fácil entender o comportamento humano, pois tal ser sempre foi escravo da cupidez e da fantasia, basta entender que eles vão morrer em 25.000 dias e que a única coisa que buscam é a reprodução.

Todo o fervor da mente Homo sapiens acaba em gemidos e suor, toda a poesia e música e todas essas coisas julgadas belas terminam em dois corpos friccionando-se um no outro, sujos com a imundice terrena pela busca por rebentos, encartidos por fluídos corpóreos malditos e fétidos. Todos padecem desse mal, desse vício asqueroso que derruba o homem no limbo da sujeira moral.

A simplicidade das coisas como são se manifesta no dolto tanto quando no ignaro; um ou outro geme, as vezes só, as vezes com alguém ou alguma coisa... Um pênis entra ali e aqui, sai cagado ou molhado, mas só recua pra avançar novamente, sempre rumo ao inútil e primitivo orgasmo.

PUNHETINHA- ESBOÇOS DOS VELHOS TEMPOS À ERA TECNOLÓGICA


Então um certo barbudo disse que os homens perfeitos deveriam entender e querer atingir algo para além da realidade. Nós deveríamos desejar esta perfeição. E embora nunca fosse possível alcançá-la, ainda assim deveríamos nos aproximar. Isto para sermos recompensados num mundo perfeito. Havia outro que concordava com quase tudo. Ou pelo menos dava a entender coisa parecida. No entanto havia uma grande diferença. Este último acreditava que este modo de agir deveria se dar desta forma porque assim é o certo, aqui e agora.
            
Bom, todavia eu discordo. Acho que discordo. Gosto mesmo é de me masturbar toda manhã. Basta isto para me sentir completo e perfeito. O resto é o resto. Todo dia quando acordo me masturbo. Ali mesmo, na cama. Olho para cima. Imagino algo que me excita e pronto. Um dia desses divago por escrito sobre estes pensamentos.

Mas vamos ao ponto que quero chegar. A MASTURBAÇÂO no século XXI.
            
A masturbação, acima de tudo, é ou deveria ser um exercício máximo da imaginação humana. Todo o corpo sendo movido pela mente criativa. Lindo. Porém o que vemos hoje são jovens cada vez mais afoitos. Ejaculação precoce. Meninas que não conhecem o corpo e nunca tiveram orgasmo. Tudo isso é culpa da tecnologia, da internet e seus infinitos “bites”.

O FIM


Acordo com o despertador tocando, desligo-o e viro-me para acordar meu marido.

Em todos esses anos de casamento ele nunca conseguiu acordar com o despertador, o despertador sempre me acorda e então eu acordo ele, digo, acordava.

Encosto em seu ombro, ele estava virado para o outro lado, nenhum sinal.

Insisto... O despertador no meio da madrugada servia para ele tomar os remédios que precisavam ser nesse horário, temia que isso fosse acontecer a qualquer noite.

O que será de mim agora? A solidão me acompanhará pelo resto de minha vida e é a última noite que tenho o corpo de meu marido ao meu lado.