A MORTE DA MORTE


Certo dia a morte morreu, já estava velhinha a pobrezinha.

Muitos anos boas notícias ela espalhou, com muitos ela xadrez jogou.

No lugar para onde os mortos vão, agora estava a Morte, feliz sorri pela festa de recepção, no lugar todos eram conhecidos, mas alguns não vieram lhe dar a mão.

Feliz estava a Morte, conhecidos por todas as partes e finalmente as férias depois de toda a Eternidade.

O sexo da Morte até então era um mistério, chamavam-na de fêmea por convenção linguística, embora ali todos a conheciam, nenhum havia transado com ela.

No lugar onde todos os mortos estão, há orgias todos os dias, e agora com a Morte revitalizaram sua energia, sem dúvida hoje a noite seria uma alegria.

Qual foi a surpresa da noite, ao tirarem o manto negro e descobrirem todos os sexos do mundo inteiro. Na Morte todos os sexos estavam contidos e no mundo dos mortos até nazistas e judeus estavam unidos, transaram com a Morte todos juntos, seu corpo em mutação crescia cobrindo tudo de vagina, pênis, ânus e boca. E no lugar até o mais machista virou uma bicha louca.

Felicidade orgástica eterna, todos copulando pela eternidade, amando a Morte com toda a vontade, fudendo, fudendo, amando e todos em comunhão, se imortalizando.

Enquanto na Terra, tristes estavam os homens. Desde o assassinato da Morte, ao inventarem a vida eterna, ninguém mais podia sentir o que há de mais prazeroso no existir: Viver temendo ou amando a Morte durante cada porvir.

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