A VIDA DÁ À MORTE UM STATUS DIVINO


Seus movimentos determinados por amarras cor de anil, no céu um brilho que jamais existiu.

Sua fome e sede eram atos de vaidade, como se não fossem expressões de sua vontade.

Em unidade com o cosmo, sentia-se zero. O zero em comunhão com tudo aquilo que é belo.

Se for verdade todos são loucos, sorria maravilhado. Pobre, sem saber o que havia ao seu lado.

Amarrado! Amordaçado! Fudido! Quebrado! Pisoteado, esquartejado, morto, muito morto, mais que morto, em pedaços atômicos quebrados – estava sua consciência presa ao Uno imutável.

O mundo é a maior de todas as loucuras, a verdade é a maior de todas as mentiras e a morte é o único fim.

O único fim que eu quero pra mim! A morte é o único fim que eu quero pra mim!

Se o que ele quer é seu brilho apagar, como pode a vida eterna lhe confortar?

Status Quo?  Vai tomar no seu... Ventre. Junto com tudo o que é Bom, Justo e Belo.

Quero a liberdade, quero fazer o que quero. Cortar as minhas amarras e cair até o infinito do espaço paralelo perante os olhos dolorosos de todos que me chamam de louco, encéfalo e amarelo.

Jamais escreverei nada que seja digno de sua leitura, enfie seu dedo na goela e vá fuder com ternura.

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