Escrevia
sobre uma pequena criança com poderes paranormais. De repente sentiu o sangue
escorrer pelo nariz. Um par de pequenos cavalos, mais ou menos da altura de 20
polegadas, cruzou na sua frente.
Um odor
forte e estranho pairou no ar. Sentia a presença da morte. Uma canção
metalizada entrava em seus ouvidos, um trombone atonal embrulhava tudo. Uma voz
rouca sussurrou algo: “hrtsortstrtsfrtsrrtsIrtstrtsortsLrtsa”. Não compreendeu.
Pequenos
anjinhos dançavam a sua volta. Tinham um olhar LUNÁTICO. Percebeu que brincavam com um objeto
cilíndrico. Seu pênis. Tateou o meio das pernas. Entrou em desespero. Sangrava.
Seu falo fora arrancado.
Os anjinhos
introduziam o pênis ora no ânus de um, ora no de outro. Sorriam. O sangue que
pingava do falo morto pintava os pequeninos celestiais. CELESTIAIS!? Apesar da
beleza angelical, pareciam TORTURADORES enviados do inferno.
Não tinham
SEXO. Ou melhor, agora tinham o sexo dele. Devia ter parado de escrever sobre
estas coisas. Mas a vontade lhe era mais forte. Precisava. As ideias brotavam
em sua mente. As imagens. Pequeninos endiabrados.
Tinha medo.
NOJO. Repulsa. Mas fazia. Um prazer
estranho lhe possuía no momento. Agora agonizava. Os cavalinhos corriam em círculos.
Pareciam desejar ser um carrossel.
As luzes o
entorpeciam. Os pequenos celebravam sua devassidão. Chupavam o falo mole e
ensanguentado. Depois se beijavam. “Diabos. Diabos. Ao inferno com meu PÊNIS.”
Pensava irritadíssimo.
Mas já
estava conformado. A morte era certa. O inferno também. Já começara seu
tormento ali mesmo. Os cavalinhos correndo em círculos. Os anjinhos se depravando com seu pênis. Ele SANGRANDO.
Pelo nariz. Pelas pernas.
Pela alma.
Sentia o
calor. Cedeu. Fechou os olhos. Quando
abriu. Viu seu corpo sendo DEVORADO.
Vários
pequeninos montando cavalinhos usando membros fálicos como lança espetavam seu
corpo. Agora um amontoado de CARNE IMUNDA.
A música
estranha continuava. O FEDOR aumentava. Mas ele sentia-se em paz. O tormento seria
eterno. Tinha que aceitar.
Era um naco
de carne perfurado por outros nacos de carne. Era a felicidade dos belos
monstrinhos. Via no rosto angelical, no sorriso demoníaco e no olhar lunático,
uma felicidade jamais contemplada antes.
Seu
desespero era agora uma alegria infantil. Sua mente depravada cantarolava
canções de ninar. As curvas das belas
damas não lhe excitavam mais. Revivia a infância.
Escutava,
além da sinistra canção, as risadinhas infernais. Gozava. Um gozo divino. Seu inferno
transformava-se em céu. Suas mãos
estavam atadas. A justiça feita. Seus sonhos DECAPITADOS.
Ouviu uma
voz firme, tentando lhe chamar. Tirar-lhe do INFERNO-PARAÍSO. Ao fundo ouvia
uma condenação.
- Fulano...
Etc. Etc. Etc. ”Era seu nome, pensava”... Condenado a morte por estrupo,
assassinato e pedofilia. A vítima, seu filho... Etc. Etc... 8 anos de
idade....blá, blá,blá...
Uma lágrima
escorreu de seu rosto. Voltou a seu INFERNO-PARAÍSO. Bem na hora em que um
anjinho se aproximava. Enquanto os outros continuavam a destroçar seu corpo.
Este olhou em seus olhos. Beijou-lhe a face. Depois se afastou
rapidamente. Levava consigo o seu
coração.
Não sentia
mais nada.
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