SEM TÍTULO

 

Entre fungos e bactérias que habitam minhas artérias.
Jaz um pobre coração perdido num mundo de ilusão.
Alucinado com o nascer de cada novo dia...
Em segredo ora por tempos de harmonia.

                Tratando-se de verso e não prosa...
                Alucinado.
                O que você faria enquanto alucinado estaria?
                Se já sabe sua resposta espero que ela não seja uma bosta.

O gato preto cruzou pela estrada
Isso foi há muito tempo
Até hoje lá se encontra
O cadáver no acostamento
Para todos e para ninguém
Cada letra, cada amém
Rezando noite e dia
Mantém-se minha alegria
Meu paradigma, meu dogma
Tão fácil de derrubar
Basta apenas um contraexemplo
A experiência encontrar

Mas a cada dia tudo se confirma
Minha Verdade ou minha ruína
Se Deus viesse comigo conversar
Temo horrendamente tudo que iria me falar
Em vida, errado em tudo que acreditava
Por minha burrice me sacrificava
Falando com Deus o sacrifício estaria feito
E no inferno eu arderia em eterno lamento

Confesso que para mim tudo isso é piada
Do fundo de todo o produto
de minha atividade neural
Deus é a ideia mais banal

Nenhum comentário:

Postar um comentário