RACHA RÓSEA


O grande Fred Tompson vagueia por sua sala. Vagueia nu. Nu em pêlo. Embora pouco pêlo tenha. Outrora grandioso diretor e roteirista de cinema. Um ícone do show business. Agora maluco, com muito dinheiro para financiar suas maluquices.
           
Escreveu, dirigiu e lançou um fracasso atrás do outro após enlouquecer. Mas julga-se incompreendido. Sua trilogia, Racha Rósea, composta de três filmes: Bucetinha, Linda Bucetinha, Bucetinha Linda, é por ele considerada uma obra-prima do cinema, digna de ser tombada como patrimônio cultural internacional. Mas a crítica, e até seus fãs, com exceção dos mais excêntricos, não concordaram e repudiaram o seu vanguardista projeto.

No seu vaguear desconcertante. Pensando na incompreensão das mentes mais conservadoras ou mesmo ingênuas, quiça burras pra caralho. Ele grita aos sete ventos pedaços de sua obra:

‒ Vá embora meu amor. Vá para onde quiser. Vá para o inferno. Mas trate de voltar e esfregar sua RÓSEA BUCETINHA na minha cara. Proíbo-lhe de ficar velha. Proíbo-lhe de descuidar desta coisinha linda que eu tanto gosto de lamber, morder, tocar , penetrar, amar, idolatrar. E ouso morrer por ela. Somente por ela. Não que tu não sejas toda linda, mas a sua BUCETINHA é de outro mundo. Caiu do Olimpo no meio das suas pernas. Caiu da mão de Deus direto em você, no lugar certo.

E assim sua poesia vai sendo jogada pelos cômodos da casa. No porão ouvem-se pequenos gritos. Abafados. Todos já imaginamos quem esta lá. Sim, é a bucetinha. Ou melhor, a jovem mulher que traz em meio às suas pernas a tão aclamada vagina angelical, fruto de inspiração, amor e loucura de Tompson. Ao saber que sua linda senhorita queria partir, após uma semana de sexo, às vezes forçado, ele endoideceu. Confinou-a no porão. E de hora em hora vai vê-la. E verificar se sua Bucetinha está ali. A menina não tem muito que fazer. Sempre vigiada. Sua família é brasileira e há muito ela já perdeu o contato.

A fixação de Tompson é tão grande, que para escrever "Racha Rósea”, ele estudou a língua Brasileira para usar termos que se referissem ao seu objeto de desejo das mais variadas formas carinhosas e sacanas. Lançou também um livro só com palavras e verbetes que remetessem à Bucetinha. Explicando cada uma na sua essência e origem.
           
Buçanha buçarra buceta bucetaço  bucetável bucetona bucetuda perereca pomba pombinha racha rachadinha xerereca xavasca xanha xanfro molhado xana xaninha xeca xecereca xereba xerebeca xereca xerenga xixita xinxa xirana xiranha vulva buça buçanha bussanha buçarra  brigite .

‒ Uma Ode à Buceta!
                                                           ‒ Uma Ode à Buceta!
                        ‒ Uma Ode à Buceta!
                                                                                                          ‒ Uma Ode à Buceta!
                                                                       ‒ Uma Ode à Buceta!

       ‒ Uma Ode à Buceta!


Era essa essência de sua obra. Uma ode à buceta. Lugar onde entravam os falos para depositar aquilo que um dia se transformaria num ser humano. Lugar por onde sairia naturalmente um ser humano. Lugar de vida. De vida e prazer. Lugar sagrado e profano ao mesmo tempo.


Uma Ode à Buceta, era o que qualquer artista de qualidade deveria ter feito. Uma ode em forma de poesia, música, dança, teatro, literatura. Uma fodida ode a uma bela Buceta. Bucetaço. Bucetinha. Bucetona....

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